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Arte e matemática: o que podemos aprender com Leonardo da Vinci

Pinturas mostram a forte ligação do gênio com a ciência. Obras trabalham proporção áurea, simetria, geometria e outros conceitos matemáticos.

O italiano Leonardo da Vinci é considerado um dos maiores gênios da humanidade. O talento em diferentes áreas, das artes às ciências exatas, deixou seu nome marcado na história como polímata por conta de seu vasto conhecimento. Essa característica pode ser observada em seu legado. Suas obras de arte sincronizam essa multiplicidade.

Um dos pintores mais importantes do período da Renascença, o autor da obra Mona Lisa também destacou-se como matemático, engenheiro, arquiteto, escultor, poeta, músico, inventor, botânico e anatomista.

Em suas obras é possível perceber a forte ligação com a matemática. São trabalhos que envolvem proporções, figuras geométricas, corpos compostos e revelam até mesmo o uso da chamada proporção áurea ou espiral de Fibonacci.

 

Os detalhes de Mona Lisa

Imagem: Wikiart/Reprodução

Mona Lisa, também chamada de A Gioconda, é a sua mais famosa obra. A pintura em óleo sobre madeira de álamo tem 77 centímetros de altura por 53 centímetros de largura. Da Vinci iniciou a pintura em 1503, finalizando-a em 1506. Para realizá-la, usou uma técnica que foi batizada por ele como “sfumato”, que tem a proposta de criar graduações entre as tonalidades.

A matemática do quadro é observada em sua proporção. Da Vinci apresenta a modelo em meio corpo com um plano de fundo. A composição é baseada na pirâmide, sendo as mãos dobradas de Mona Lisa o centro da base piramidal, que recebem a mesma luminosidade da face e do pescoço. Segundo estudiosos, a geometria do quadro revela a chamada proporção áurea ou espiral de Fibonacci.

A pintura está exposta no Museu de Louvre, em Paris, sendo uma das principais atrações do espaço, responsável por receber olhares curiosos e admirados de pessoas do mundo inteiro.

 

A simetria em A Última Ceia

Imagem: Wikiart/Reprodução

Outro expoente entre as obras de Da Vinci, o quadro A Última Ceia mostra Jesus com os apóstolos antes de ser crucificado. A pintura associa técnicas ao afresco e à têmpera. Com dimensões de 460 centímetros por 880 centímetros, a obra revela uma simetria matemática.

Jesus é apresentado no centro do quadro tendo em cada um de seus lados o mesmo número de elementos. Os apóstolos são igualmente divididos, estando seis à direita e seis à esquerda, sendo agrupados em quatro grupos de três, o que evidencia o isolamento de Cristo.

As paredes laterais e ao fundo também mostram o mesmo número de figuras geométricas feitas na mesma proporção. A pintura foi criada entre 1495 e 1498 e encontra-se na Igreja e Convento Santa Maria Delle Grazie, em Milão, na Itália.

 

O Homem Vitruviano e seus enigmas

Imagem: Wikiart/Reprodução

Considerada uma das obras mais enigmáticas de Da Vinci, o Homem Vitruviano é um desenho feito a lápis e tinta sobre papel, encontrado em um diário de anotações. Estima-se que tenha sido criado em 1490.

O desenho representa o ideal da beleza do corpo humano por meio de proporções. A imagem mostra um homem em posições diferentes, seguindo as proporções do chamado número de ouro. As imagens são sobrepostas dentro de um círculo e um quadrado, que possuem áreas exatamente iguais.

Uma das curiosidades sobre a obra é que, segundo estudiosos, Da Vinci não pretendia torná-la pública, tratava-se de um estudo pessoal sobre o corpo humano inspirado no arquiteto romano Vitrúvio.

A obra tem dimensão de 34 centímetros por 24 centímetros e integra a coleção da Gallerie dell’Accademia em Veneza, na Itália.

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